Carla & Arnaldo: Iniciação na Maldade
Aviso Importante
Essa é uma história horrível. Ela não é recomendada pra ninguém sadio. Nem adultos e nem, deus me livre, crianças. Ninguém está preparado para ler coisas assim. Essa história contém sexo, incitação à masturbação e ao crime, desobediência civil, mortes, sangues, assassinatos, desgraça, o horror, o horror! Não leiam. Depois não digam que não avisei. Histórias como essa devem ser lidas apenas pelos iniciados, mentes superiores e refinadas, que sabem separar fato de ficção, apreciar o segundo sem que ele se torne o primeiro.
Aviso Essencial
Caramba, eu até me sinto bobo falando essas coisas, mas vá lá, hoje em dia até mesmo as agulhas são vendidas com avisos como "não enfiar no olho", etc. E a Internet é grande, sabe-se lá nas mãos de quem isso aqui pode acabar parando...! Essa história é apenas uma fantasia totalmente louca e absolutamente descompatibilizada da realidade. O autor, de modo algum, pretende incitar seus leitores a realizar coisas hediondas como manter escravos em calabouços ou tentar conquistar o mundo. Lembrem-se do que aconteceu com Hitler: não foi bonito. Mais ainda, nada nessa história indica desejos ou fantasias do autor que coisas parecidas às narradas aqui sejam realizadas contra ele, ou que ele tenha desejos incipientes de morte. Fica claro que o autor, pessoalmente, não quer morrer, não quer que ninguém morra, nunca, e que por ele todos viveriam para sempre, mesmo que isso significasse, por razões óbvias, o fim da humanidade e o colapso da civilização. Ficou claro?
O autor gostaria de saber as opiniões de todos os seus leitores. Não recebo nada pra escrever essas histórias, que me paguem pelo menos com seus comentários... Que tal fazermos um trato? Se ler e gostar, escreva, nem que seja pra dizer "li"... Esse é o único pagamento que preciso...
Carla & Arnaldo: Iniciação na Maldade
por Pedro Lozada
Arnaldo saiu correndo de sua sala quando lhe disseram que Carla estava no lobby da firma. Já fazia uma semana que ela o deixara: a pior semana de sua vida. Carla era a mulher perfeita, sem dúvida alguma, e ele não podia se dar ao luxo de perdê-la.
Pra começar, linda. Boca carnuda, cabelos escuros, olhos verdes, pescoço longo, seios fartos, barriguinha lisa, coxas grossas, longas pernas e, o melhor de tudo, pés maravilhosos, divinos. Indescritíveis. A tornozeleira de búzios era como a cereja no sundae.
Ao vê-la, o rosto de Arnaldo brilhou de felicidade. Carla apenas olhou para ele e sorriu com malícia. Estava fisgado. Descruzou e cruzou as pernas, a sandália já pendendo de seu dedão. Ela sabia bem o efeito que seus pés tinham em Arnaldo. Caso estivesse pensando claramente, Arnaldo teria percebido, apenas pelo sorriso cruel de Carla, que estava em maus lençóis. Mas Arnaldo mal estava pensando: a falta de Carla lhe deixara debilitado.
Arnaldo não tinha desculpas para não ter pressentido problemas. Afinal, a característica que ele mais amava em Carla era justamente a sua maldade.
Pois Carla é uma mulher má, não existe outra maneira de se dizer isso. Como quer que entendam, qualquer que seja a conotação que usem, o fato é que Carla é malvada, sabe que é cruel e gosta disso. O seu grande prazer é exercer sua maldade.
Enquanto durou o namoro com Arnaldo, tudo era perfeito. Ela estava realmente apaixonada por ele, afinal não há regras dizendo que as mulheres más não podem amar. Então, Carla amou sua Arnaldo com toda sua paixão. E Arnaldo era apenas um espectador, que se excitava tremendamente com cada crueldade que ela fazia. Ele se sentava aos seus pés e lambia suas solas enquanto ela ligava para amigos e espalhava boatos falsos. Depois, ela contava vantagem, narrava as conseqüências de suas intrigas, e Arnaldo mal conseguia ouvir o fim das histórias, ficava tão excitado que tinha que possuí-la de qualquer jeito.
Uma vez, só com boatos e perfídias, ela destruiu um casamento perfeito. Foi uma das grandes felicidades da sua vida. Parecia criança com brinquedo novo. E ia contando tudo a Arnaldo, o quão felizes eles eram antes, o quão infelizes estavam agora, e tudo por causa dela. Carla gargalhava, feliz, se deliciando com sua própria maldade, e enquanto isso, Arnaldo lambia sofregamente os seus pés. Depois faziam amor.
E ele perguntava:
- Mas por que você fez isso? Eles te fizeram alguma coisa?
- Nunca. Que eu saiba, me adoram. - E ria de novo.
- Por que então?
- Pra ser má. Pra não perder o hábito...
E Arnaldo não se agüentava mais e voava sobre ela. As vezes, ela dizia que seu sonho era matar alguém. Arnaldo não ousava duvidar. Sua mulher perfeita: má e com pés deliciosos.
De início, Carla estranhou a fixação dele com seus pés mas depois acostumou e gostou. Era mais uma maneira de ser má, de controlá-lo, de humilhá-lo. De mantê-lo, em fim, aos seus pés.
Ele se sentou ao lado dela:
- Carla? Aqui? - E passou de surpresa a felicidade: - Que ótimo! Você voltou atrás e-
Ela sorriu para ele novamente e o brilho em seus olhos era maldade pura. Sussurrou, de maneira que ninguém mais ouvisse:
- Decidi te dar mais uma chance.
- Não acred-
- Silêncio! - Ela comandou.
E continuou, ainda aos sussurros:
- Primeiro, você vai ter que passar num teste...
Por dentro, Carla estava gargalhando, deliciando-se com o que estava prestes a fazer. Não, Arnaldo não iria ganhar uma última chance. Pelo contrário, ela ensinaria a ele no que dá se meter com mulheres malvadas.
A verdade é que Carla já fora realmente muito apaixonada por ele. E é verdade também que ele trazia a tona um lado dela que ela adorava: sua maldade. Não era só fantasia: Carla era sinceramente má mas ela mesma admitia que sem o incentivo de Arnaldo não teria feito muitas de suas crueldades desses últimos meses. Ela sempre teve os impulsos maldosos, algumas vezes até agia, mas guardava isso pra si, com algo parecido a vergonha. Depois de Arnaldo, não. Saber que aquilo excitava o seu homem a excitava também e Carla deu vazão total a sua verve cruel. Não se arrependia de nada. Seu maior prazer era descobrir, a cada dia, que podia ir mais longe, que poderia ser ainda mais malvada. E já pensava em sua maldade como uma qualidade a ser cultivada e não mais como um defeito a ser reprimido.
O velhinho que derrubou na portaria do prédio tinha quebrado a perna e nunca iria se recuperar, mas e daí? Arnaldo adorou, nunca foi tão quente na cama quanto naquele dia. E ela, ela também adorava. Carla se sentia bem. Se sentia mais viva, livre. Até hoje pensava nisso com prazer, que havia um velhinho por aí, mancando pelo resto da vida, simplesmente porque ela decidira empurrá-lo por motivo nenhum - apenas para ser má. Se sentia poderosa.
Um dia, o amor por Arnaldo acabou e ela o expulsou de sua vida sem maiores preâmbulos, se deliciando em seu sofrimento e em sua surpresa. Carla achou que terminar com ele daquele jeito era maldade o bastante, mas nas semanas seguintes não conseguiu tirá-lo da cabeça. Já que não era mais o seu homem, pensou, Arnaldo se juntara então ao outro imenso grupo de pessoas: suas vítimas. Carla não sentia a menor consideração por ele. Pelo contrário: ele merecia um castigo particularmente cruel.
Ele achava o quê? Que poderia amar uma mulher malvada impunemente? Sem pagar o inevitável preço?! Não. Enquanto o amor durou, ele fora o espectador feliz de suas crueldades. Agora, seria a vítima da maior delas. Carla não poderia permitir que ele saísse incólume do namoro: que tipo de mulher malvada ela seria se fizesse isso?! E, para Carla, ser má era muito importante, pensar em si mesma e se definir como "uma mulher malvada" era sua grande fonte de prazer.
Já que ele idolatrava seus pés, quer coisa mais deliciosa que usar estes mesmos pés que ele tanto havia beijado e lambido para destruí-lo?
- Quero saber o quanto você realmente me ama.
- Te amo mais do que tudo e-
- Me poupa dos clichês. Você vai ter que provar. Escuta bem porque só vou explicar uma vez. - Disse ela, ainda sussurrando e balançando seus dedinhos dos pés em antecipação da maldade que faria: - Quero que você fique de joelhos aqui no chão agora e lamba meus pés.
Ele sorriu.
- Não vai ser fácil assim. Eu sei o quão você gosta disso... O teste é que você não pode parar por motivo nenhum, ouviu?, motivo nenhum, até que eu fale a palavra de segurança jaquibá. Não interessa o que eu diga antes, se você parar de lamber meus pés sem que eu tenha falado jaquibá, nunca mais vai me ver entendeu? Se passar no teste, eu deixo você se mudar de volta pro apartamento, te dou uma segunda chance e tudo volta a ser como antes.
- Tudo?
Ela sorriu candidamente e balançou a cabeça:
- Tudo.
Carla estava chocada, mal podia acreditar em seus ouvidos. Como ele podia realmente acreditar naquilo?! Não sabia o quão malvada ela era? Não sabia que ela mentia com tanta facilidade como respirava? Será que ele estava tão cego de amor e desejo assim que acreditava até mesmo nas palavras de uma mulher má como ela?
Carla se riu. Melhor assim, as vítimas inocentes (e apaixonadas!) são as mais deliciosas de se destruir. E, se depois de tanto tempo, ele ainda não a conhecia, era porque merecia ainda mais o seu castigo...
Mas parece que Arnaldo adivinhou suas intenções:
- Meu Deus - Ele murmurou - você vai fazer um escândalo, não vai? Carla, eu posso perder o meu emprego e-
- Pois o que eu quero descobrir é o quão importante eu sou pra você. Será que valho mais que um emprego? Ou não... Ou será que manter esse emprego vale a pena nunca mais transar comigo? Ou - Levantou os pés e empinou o dedão para ele - nunca mais beijar meus pés?
[Essa história foi escrita por Pedro Lozada (pedrolozada87[at]hotmail.com). Se gostou, visite o blog Mulheres Malvadas, em http://mulheresmalvadas.blogspot.com, e leia outras histórias ainda piores. Não retire esse aviso, por favor]
- Carla...
- Agora ou nunca.
Arnaldo olhou em volta, resignado. A sala de seu chefe era logo ali. Estavam a menos de dez metros da mesa da recepção. Todo mundo estava entrando ou saindo naquela hora, meio-dia. Ninguém iria se esquecer disso. Nunca mais.
Então, olhou para Carla, sentada ali, impassível, malvada, disposta a arruinar sua vida profissional por um mero capricho. Esse pensamento o excitou. Lá embaixo, Carla estava alegremente flexionando seus dedos dos pés, os pés que o arruinariam pra sempre. Mas tão lindos! Ele sabia também que jamais esqueceria como era fazer amor com Carla, o gosto de seus dedinhos do pé... Quantas outras mulheres assim perfeitas ele encontraria na vida? O quanto não valeria a pena sacrificar por ela?
Sob o olhar triunfante de Carla, se ajoelhou diante dela e colocou três de seus dedos do pé na boca. No mesmo instante, Carla gritou.
Ambos estavam em êxtase.
Para Arnaldo, uma semana que fosse sem sentir aquele gosto maravilhoso, aquele néctar que eram os pés de Carla, era uma eternidade. Ele se lembrava que era bom, mas não que era tão bom. Agarrou-a pelos tornozelos e chupou seus dedinhos com gosto.
Para Carla, aquilo era simplesmente perfeito demais. Mesmo quando ainda namorava Arnaldo, sonhava em maneiras de usar aqueles pés que ele tanto idolatrava para castigá-lo. Mas as únicas maneiras que pensava de ser malvada com seus pés era pisando nele, e isso era muito batido, muito óbvio. Agora não. Sua idéia era deliciosa. Arnaldo mesmo se destruiria profissionalmente. O próprio amor que ele sentia pelos pés de Carla seria sua perdição. Ficaria humilhado pra sempre. E Carla saboreava sua vitória, adorava sentir a boca de Arnaldo chupando seus dedinhos, adorava a sensação de poder que subia por ser corpo, adorava o fato de estar sendo tão malvada, de estar virando contra Arnaldo os pés que ele tanto amava... E o seu mais doce pensamento era que aquela era a última vez que Arnaldo encostava nela, quanto mais lamber seus pés. Depois que ele estivesse arruinado além de qualquer salvação, ela simplesmente iria embora e nunca mais falaria com ele. Arnaldo perderia Carla, perderia o emprego, perderia o respeito dos colegas. Perderia tudo. Apenas por causa dela.
Quantas outras mulheres seriam tão malvadas, ela pensava? Arnaldo deveria estar feliz. Não era aquilo que ele queria, não era aquilo que ele gostava, não era aquilo com que ele sonhava? Mulheres más? Pois ela mostraria a ele o que era ser malvada. E ele a amava! Ah, esse pensamento a deixava úmida! Ela estava fazendo essa maldade toda com um homem devotado, que a amava, que faria tudo por ela. E como retribuía ela o seu amor? Destruindo-o! Delícia!
Começou a mexer seus dedinhos dentro da boca de Arnaldo, fingindo que estava tentando puxá-los para fora:
- Oh meu deus, alguém por favor me ajude! Ele enlouqueceu!
Arnaldo não podia deixar aqueles pés escaparem! Pegou o pé pelo calcanhar e chupou o dedão com ainda mais força! Ele só pensava em Carla: como ela é má! Nunca imaginei que chegaria a esse ponto, que ela faria algo assim comigo! Ela não se importa? E olhou pra cima, e o brilho cruel nos olhos de Carla respondeu sua pergunta: ela se importava, ela se importava que ele se afundasse ao máximo!
- Arnaldo, pare já!, que absurdo! - Disse um velho, saindo esbaforido de sua sala.
Meu chefe, pensou Arnaldo. Tinha que ser ele o primeiro a chegar? Mas não fazia diferença a ordem de chegada, Arnaldo não podia parar. Aquilo era tudo com o que sempre sonhara. Pés malvados. Claro, os pés de Carla sempre haviam sido tão malvados quanto a dona, mas agora era diferente. Aqueles pés estavam sendo malvados com ele. Aqueles dedinhos saracoteantes em sua boca estavam acabando com sua vida. A cada segundo a mais que chupava os dedinhos de Carla, mais fundo descia. E, incrivelmente, melhor era. Ele sempre dissera que já tinha lambido e beijado pés de várias mulheres, mas que os pés de mulheres malvadas tinham o gosto melhor. E era verdade, agora ele sabia. Nunca um pé fora tão gostoso quanto aquele ali em sua boca, arrastando-o para a destruição...
- Não sei o que houve! - Disse Carla - De repente, ele começou a fazer... urgh!... isso! Por favor, faça ele parar!
Perfeito!, pensou Arnaldo. Inocente e cruel como as mulheres mais malvadas do cinema!
- Arnaldo, pare agora ou está despedido!
No fundo, ele ouviu alguma secretária chamando a polícia.
- Por deus, homem! - Gritou o chefe - Recomponha-se!
Ah, ser vilã é isso! Enganar todos, destruir vidas, se fazer de vítima, ter um homem aos seus pés! Nunca fui tão má, saboreou Carla. Sou realmente uma mulher malvada. Qualquer dúvida que eu pudesse ter, acabou.
Um cliente entrou pela porta, viu aquela comoção e começou a sair. O chefe largou Arnaldo e foi atrás. Ele aproveitou a deixa pra olhar pra cima e captou um suave sorriso de Carla. O sorriso mais cruel que já vira. Ela estava gostando. Ela o deixaria voltar pra sua vida.
Mas o pobre Arnaldo subestimava a maldade de Carla. O sorriso durou apenas um segundo e logo ela voltou a gritar:
- Ajuda! Ajuda, por favor! Ele enlouqueceu!
Arnaldo sabia que o fim estava próximo. Tinha o pressentimento que aquela seria a última vez que lambia os pés de Carla. Tremeu de dor e antecipação. Deixou de chupar seus dedos e passou a lamber suas solas. Deliciosas, grandes, amareladas, cheias de dobrinhas. Arnaldo lambeu-as todas, saboreou aquele gosto de mulher má. Como ela era má!
O chefe voltou:
- Essa cena fez com que perdêssemos o cliente, Arnaldo. Você está definitivamente despedido! Mas ainda tem a chance de parar com isso antes que a polícia chegue!
Mais uma vez, Arnaldo rapidamente cruzou olhares com Carla. Não, não podia parar, aquelas eram as condições. Precisava provar para Carla o quanto a amava. E, também, não queria parar. Aquilo era bom demais, ela nunca havia sido assim tão cruel e dissimulada! Tão perfeita!
- Arnaldo, como pôde fazer isso?! - Continuava o chefe - Você tinha um grande futuro aqui!
- Por favor! - Carla segurou o braço do chefe, exultando por dentro - Faça ele parar!
O chefe se aproximou de Arnaldo, que estava muito ocupado lambendo o calcanhar de Carla, e lhe deu um chega-pra-lá. O chefe caiu pra trás.
Carla estava se esforçando para conter suas risadas de puro prazer malvado, para segurar suas mãos de procurarem seu prazer. Aquilo era bom demais. Acho que nunca fiquei tão excitada! Pode existir liberdade maior do que a liberdade de acabar com a vida do homem que ama a gente apenas com os pés?
Por fim, chegaram os PMs.
- Ah, graças a deus! - Gritou Carla - Façam ele parar!
Os PMs não foram nada gentis. Puxaram Arnaldo para trás, aproveitando cada oportunidade para tascar-lhe uma porrada.
Carla estava exultante e agora podia, finalmente, demonstrar toda sua felicidade. Esticou as pernas em direção de Arnaldo, mexendo os dedinhos. Queria que ele tivesse uma boa visão daquelas solas das quais nunca mais iria chegar perto. E entre uma pancada e outra, ele não tirava os olhos dos pés de Carla.
- Ah! - Disse, aliviada - Ainda bem que tiraram esse maníaco pervertido de mim!
- Pois é! - Replicou o PM, dando uma cacetada em Arnaldo - Lá no quartel a gente sabe o que fazem com pervertidos assim!
E, no cérebro malvado de Carla, brotou uma última idéia cruel.
- Podem levar esse louco embora daqui! - Gritou o chefe e, virando para a secretária: - Esvazie a mesa dele imediatamente! Pode queimar tudo, que é pra ele não ter que voltar aqui pra buscar!
Arnaldo sabia que aquilo era o fim. Nenhuma outra firma da cidade o contrataria. Mas teria Carla. Ou não?
- Carla? Você vem me visitar?
- Carla? Não provei o meu amor?
Mas era o fim mesmo. Carla agora nem mais lhe dirigiria a palavra, nem mais olharia pra ele, para não lhe dar o prazer de olhar em seus olhos malvados. Para ela, era como se ele não existisse mais. Essa seria sua grande maldade. Mas faltava ainda um último detalhe, a maldade suprema pra coroar aquela dia glorioso.
Enquanto Arnaldo era arrastado para dentro do elevador, Carla chamou um dos PMs para o canto e disse:
- Eu não vou depor contra ele. Tenho medo.
- Mas madama, a senhora tem qu-
- É um homem violento, eu não quero, ele viria atrás de mim!
Resignado, o policial já estava indo embora:
- Bem, não podemos obrigar a senhora a prestar queixa...
Carla segurou o braço do PM:
- Mas tem uma coisa que podem fazer por mim. Dar queixa não faz diferença. Ela paga fiança e vem atrás de mim de novo. Mas eu quero, eu preciso que ele seja punido por tudo o que fez contra mim...
O policial se aproximou, interessado:
- Eu soube - Começou Carla - que fazem certas coisas nas prisões com pessoas assim como ele...
Deixou o resto no ar, mas não era preciso dizer mais.
- Bem, isso o castigaria. Mesmo que ele saia no dia seguinte, vai sair humilhado, menos homem. E eu... Eu vou estar vingada...
Carla não conseguia acreditar em suas próprias palavras! Estava mesmo condenando Arnaldo a isso? Era mesmo capaz de tamanha crueldade com um homem que a amava tanto e tão sinceramente? Estava surpresa, deliciada consigo mesma!
O policial apenas balançou a cabeça:
- Madama, ele vai ser punido pelo o que fez, pode deixar!
Aquela noite, Carla não conseguia dormir. Ficava só pensando em Arnaldo, que tantas vezes dividira aquela mesma cama ali com ela, sendo enrabado por dezenas de presos imundos, aidéticos, o que seja, numa prisão qualquer da cidade. Estava excitava como nunca. Se masturbava sem parar, um orgasmo se seguia ao outro, era muito delicioso ser malvada, ter esse poder sobre outras vidas, decidir quem sofre e quem não, quem é enrabado e quem não.
[Essa história foi escrita por Pedro Lozada (pedrolozada87[at]hotmail.com). Se gostou, visite o blog Mulheres Malvadas, em http://mulheresmalvadas.blogspot.com, e leia outras histórias ainda piores. Não retire esse aviso, por favor]
Será que Arnaldo pensava nela enquanto era currado? Hmm, cruel!
E também imaginava, sonhava, com o que poderia fazer para bater isso? O que seria mais malvado? Só mesmo matar alguém. E por que não? Nada poderia pará-la. Era invencível e cruel. Já estava selecionando possíveis vítimas quando bateram na porta. Era o PM daquela tarde.
- Madama, vim falar pessoalmente com a senhora por causa daquela conversa de hoje mais cedo. Mas é não-oficial. Qualquer coisa eu nego tudo!
- Sim! Sim! - Implorou Carla, trêmula. Estava cansada de se masturbar e continuava tão excitada quanto antes. Precisava de um homem e seria aquele PM mesmo!
- O sujeito foi... possuído por quase todo mundo no quartel. Acho que mais de setenta pessoas. Ele não teve lá muita honra não. Gritou muito, que nem uma mulherzinha. Ficou todo estourado.
Carla não se importava mais com o que o policial poderia pensar. Levou a mão a vagina e começou a se masturbar através da camiseta. Aquilo era bom demais, ela era muito má! Imaginar Arnaldo naquela situação apenas por causa de um capricho seu era bom demais, seu auto-controle não resistiu.
O policial reparou e não se importou:
- Mas houve um problema...
Carla nem dizia nada. Apenas se deliciava nas palavras do policial.
- Um acidente. - Disse o outro, quase envergonhado - É isso que vai aparecer no atestado de óbito, pelo menos. Mas foi o Paulinho Muralha que não se controlou. Ele é muito barra-pesada, a gente não devia ter deixado ele entrar no grupo. Ele pegou pesado demais lá no seu namorado e ele não agüentou.
Carla explodiu em mais um orgasmo e jurou que seria o seu último orgasmo sozinha da noite:
- Ele morreu?
O policial baixou a cabeça:
- Pelo menos ele não vai mais voltar pra se vingar contra a senhora. Mas como a senhora tinha falado comigo pessoalmente, eu me senti na obrigação de vir aqui e-
Carla não deixou que ele terminasse. Se aproximou por debaixo, beijou-lhe com uma intensidade que assustou até a ela mesma e começou a puxá-lo pra dentro do apartamento. Não sabia o seu nome. Não precisava saber. Precisava de um caralho de verdade para completar o seu prazer: o resto do homem, inclusive o nome, era dispensável.
Perdeu a conta de quantas vezes transou com o policial, sempre pensando em Arnaldo. O falecido Arnaldo. E o que lhe dava mais prazer (e que a surpreendeu, também) foi constatar que imaginar Arnaldo morto não lhe afetava em nada. Negativamente, quer dizer. Era como se ele não fosse nada pra ela.
Pelo contrário, quanto mais pensava nele, quanto mais pensava que Arnaldo nunca mais andaria na praia ou tomaria o milk shake que ele tanto gostava, mais excitava ficava, mais feliz.
Só dirigiu a palavra ao policial uma vez naquela longa noite. Perguntou:
- Me diga com sinceridade: acha que eu sou uma mulher má?
O policial, assustado com a intensidade de Carla, vacilou e respondeu:
-Agora... acho que é sim.
Carla apenas riu, gargalhou com prazer, e avançou sobre o policial mais uma vez.
Foi a noite mais feliz da sua vida. No futuro, seria mais malvada, mas aquela sua primeira noite foi a melhor. A sua iniciação.
A mulher malvada! Pensava... Sou eu!
(fim)
Essa história pode ser livremente copiada, retransmitida, repassada, redistribuída, e por aí vai. Na verdade, como não estou olhando, você pode fazer o que quiser com ela, inclusive imprimir pra limpar a bunda, etc - o que talvez seja o que ela merece, nunca se sabe. Mas peço apenas que, o que quer que faça, não modifique a história sem minha autorização, nem retire os avisos.
4 Comentários:
com certeza essa é má!queria eu ter um arnaldo!
Muito interessante, do início ao fim.
Caríssimo colega e novo amigo Pedro Lozada! Não sabeis um terço da minha satisfação, ao ler tão inspirado conto! Muito embora sejamos colegas de sofrimento onde com certeza vos agradará sumamente, assim como eu o prazeroso embora por muitas vezes degradante estado de servidão a que por vezes precisamos nós a estar para dar cumprimento não somente as nossas necessidades, mas também colaborar para que Nossa Donna, Rainha e Matadora, possa consumar seus Soberbos e Sublimes Desejos Impetuosos, Impiedosos e Imperiosos!
Apenas que este fim de nosso colega aí o tal "Arnaldo", de longe não será nem perto o fim que eu poderia almejar como um servo, ou mesmo um criado, de alguma Maldosa e Cruel Mestra, reconheço que me compadeci de sua alma, e sei que ninguém, nenhum de nós merecerá tamanha perfídia, traição e perjuro!
Por parte de alguma Senhora e Mestra que por ventura nos venha possuir. Não foi um fim digamos "digno". E sim, foi um fim odioso, monstruoso ao que nenhum servição poderia sequer pensar em que com ele, fosse finda a sua agora digna até mesmo de ser "canonizada" Pois, que foi tomado de uma TRAIÇÃO SEM MESURAS, SORRATEIRA, TÃO BEM ARCHITECTADA, DIGNA DAS MENTES MAIS NEFANDAS E PERVERTIDAS DAS QUAIS EU JAMAIS SUSPEITEI HAVER TÃO ASSOBERBADA E DIABÓLICA MENTE, CAPAZ DAS MAIS ATROZES IGNOMINÍAS!!!
Não desejo nem de longe tal fim, por mais que seja este, o meu pior inimigo! Ninguém poderia ser victimado com tamanha vileza!
Mesmo assim, confesso que pela IMPIEDADE desta Deusa e Matadora Architecta, gozzarei mil vezes à sua memória! Dada a extrema perplexidade de um plano tão perfeccionista, e nada poderia livrar aquele jovem, de tal destino, pela forma com que Ela se ASSEGUROU, ao dar o GOLPE DE MISERICÓRDIA, ao falar ao policial que ela não desejava que ele pudesse "voltar"... Por que poderia ser "perigoso" ou "ameaçador" para Ela...
Eis aí, a MAIOR PERFÍDIA que eu jamais poderia ou poderei eu haver visto em toda a minha larga caminhada por estes mundos de meu Deus"
Fraternal e Caloroso Abraço, meu novo amigo e colega de servidão, Dom Pedro Lozada!!!
Meu msn; bravoyankeedoodle@hotmail.com
Ass; YankeeDoodle.'.
Interessante!
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